1 de julho de 2010

Têmpera



Quem sabe agora a dor que me visita o peito
possa renascer em canto, alegria ou pranto.
Derradeiro pulso do maior tormento.

E a nova forma despontar no solo,
apanhar no colo a solidão do tempo.
Me lançar nos olhos todas as cores.

Sentirei então na carne os velhos sabores
de forjar no ferro, no fogo e no vento
o mais breve alento dos longos amores.