Era rainha em tempos outros,
onde choviam gotas de remorso e cinzas.
Onde a terra era negra como a pele,
a pele que queimava na brasa torpe,
à mira dos muitos dedos.
E, se fora outrora, ouro e sedas,
era agora o silêncio da névoa gelada,
no dezembro descoberto.
Ela foi tudo que haveria de ser:
Rainha, bruxa, amante
e pó.
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