Antes que me encontre a morte
ou quem sabe a sombra do esquecimento,
deito-lhe essa letra morna, sórdida ao sabor do vento.
Lívida, por tanto tempo abraçada à minha própria sorte.
É que de muito procurar no amor
calor ou coisa que o valha,
o que no peito agora em fogo talha
é a verdade que carrego em mim.
Não houve pela vida
toda, um momento sequer
que no teu lábio de sabor mulher
não me encontrasse o que eu buscava enfim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário