11 de dezembro de 2009

Soneto da confidência



Antes que me encontre a morte
ou quem sabe a sombra do esquecimento,
deito-lhe essa letra morna, sórdida ao sabor do vento.
Lívida, por tanto tempo abraçada à minha própria sorte.

É que de muito procurar no amor
calor ou coisa que o valha,
o que no peito agora em fogo talha
é a verdade que carrego em mim.

Não houve pela vida
toda, um momento sequer
que no teu lábio de sabor mulher
não me encontrasse o que eu buscava enfim.


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