19 de janeiro de 2010

Poesia de Sade



Tenham dó do poeta, ó almas avarentas.
Ele que do mais tenebroso pranto subtrai o magma
que vos queima os olhos.
Vós que vos alegrais estridentes,
suspirantes e maravilhados,
tende piedade do arlequim amargo,
que de pena em punho vomita versos de samaritana dor.
Silenciai-vos ante a letra rude que vos bate à face,
pois que esta é a comiseração plena que o conservará poeta.


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