A mãos que correm os cabelos
são as mesmas mãos
que tocam a pele rubra e quente
da sua boca.
Essa carne
que me lança o cheiro e o gosto
da fruta colhida;
que me conspira contra o senso,
me derruba o chapeu da solidez.
E antes que eu possa crer,
toca e aperta pele e fruta e calor;
e lava com água clara
o cacho de não-ser
que eu trazia nos olhos:
só nos resta o riso da limpidez.
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