26 de abril de 2007

Pobre Diabo

Desde os tempos mais remotos, obscuros, caóticos e revoltos (ou qualquer outro adjetivo que defina o contexto do Antigo Testamento de forma mais fiel), o homem teme a figura do diabo. Teme porque sabe, ou sente, ainda que apenas como sopro metafísico, da incógnita revestida de mal que é a figura temida. O que não sabe é que o diabo não existe. Não fora do próprio homem. Todo ser traz consigo um quê de diabo, de tinhoso, nem que ínfimo, miúdo, escondido debaixo do degrau mais baixo do porão da alma. Enfim, não ouso aqui discorrer acerca desses assunrtos transcendentais e vagos que, pelo menos a priori, não me tornarão um cara melhor. Fato é que o próprio diabo já deve estar farto de toda essa perseguição desmesurada e frenetismo que, diga-se de passagem, já experimenta há um tempo considerável. Toda essa tietagem. E digo mais: E se o caboclo cisma de virar anjo de novo? Aí Deus tá perdido... O cosmo só funciona com equilíbrio meu povo. Por isso (e que aqui não me tomem por neo-malthusiano, micro-facista de gabinete ou qualquer coisa do tipo) é realmente necessário que o gestor lá de baixo também possa fazer o seu trabalho. Deixemos as coisas do "lado-de-lá" como estão. Essa concorrência bipolar extra-dimensional de captação e armazenamento de matéria espiritual, não é de hoje mesmo. E além do mais, ouvi dizer que sempre funcionou muito bem, afora algumas divergências de layout e recrutamento de RH é claro.

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