27 de abril de 2007

Poeminho do sempre-perdão

Você pode acabar comigo.
Pode cuspir pedras na palma da minha mão.
Faz o que você quiser,
mas depois não venha me pedir pra te ofender,
pra te virar o rosto. Não faço um esforço sequer pra te odiar,
nem vou encher a sua nuca de palavras e planetas. Vai ficar sozinha sim,
e levando na mochila jeans todas as toneladas
que nós colhemos na última garoa.
Vai seguir a vida assim, longe,
e o seu castigo vai ser sentir na espinha o começo de julho.
O mesmo julho em que a gente
catava letras e esquentava os pés no cobertor marrom.
Mas quando você quiser,
pode vir passear
no seu canteiro de borboletas que eu, sorrindo,
rego todas as noites.

3 comentários:

Alessandra Guimarães disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alessandra Guimarães disse...

nem sempre comento..
mas sempre apsso por aki..Nin

Anônimo disse...

eu hoje comento.
Impressionante como as suas palavras me fazem sentir!