Você pode acabar comigo.
Pode cuspir pedras na palma da minha mão.
Faz o que você quiser,
mas depois não venha me pedir pra te ofender,
pra te virar o rosto.
Não faço um esforço sequer pra te odiar,
nem vou encher a sua nuca de palavras e planetas.
Vai ficar sozinha sim,
e levando na mochila jeans todas as toneladas
que nós colhemos na última garoa.
Vai seguir a vida assim, longe,
e o seu castigo vai ser sentir na espinha o começo de julho.
O mesmo julho em que a gente
catava letras e esquentava os pés no cobertor marrom.
Mas quando você quiser,
pode vir passear
no seu canteiro de borboletas que eu, sorrindo,
rego todas as noites.
3 comentários:
nem sempre comento..
mas sempre apsso por aki..Nin
eu hoje comento.
Impressionante como as suas palavras me fazem sentir!
Postar um comentário