Ele fez verso, fez prosa, causou boa impressão, morreu.
Morreu como morre todo animal: fixou o olhar, teve sono e frio.
Confirmou a seqüência irônica e pavorosa da existência. Chegou ao fim.
Morreu porque versou,
por que viveu.
A carne dos poetas é dura;
e assim talvez se livrasse dos vermes e sozinho apodrecesse.
Ainda versa, versos agora podres como ele poeta.
Poeta podre, poeta verme.
Poeta sozinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário