Mais uma vez eu afronto o começo da noite
com meus olhos de escudo e minhas mãos
trêmulas, desbotadas.
Mãos de ontem.
Apoio minhas faces num muro baixo, escondido no lodo. Passado.
Antigo, velho, boca de outras eras; eras de não-vir.
Dobras e poeira que me atravessam a porta e o peito.
Outra vez me procurei no calor do copo. Larguei.
Ergui o que pareceu leve
e os pesos, esses eu apenas arrasto,
na falta de opção melhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário