16 de dezembro de 2007

Novo ontem



Servi tua comida,
servi à tua vida,
cheguei a duvidar
que fechasse a ferida.

Fiz poemas e alguns planos,
fui vigário e fui cigano.
Fui pássaro sozinho
e fiz sacro o nosso engano.

Fui casa e vilarejo,
fui ponte e passagem
estendido nessa margem
rodeada do seu beijo.

Fui o que fiz, pude o que quis.
Mirado no tempo, no cheiro,
nos olhos negros
e quadris.


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