Ando a procurar um certo ponto passageiro
entre o claro e o escuro.
Um certo ponto cinza
calibrado de sussuros.
Caminhei pelos acasos
encerrados nas equinas,
esquinas de qualquer lugar,
de qualquer eu.
E floresceram margaridas isoladas
nas solas dos meus pés,
os pés que pisaram o vidro
e o vendaval de desacertos.
E mesmo no transposto
percurso amadurecido
desceram círculos contornados
na miragem que eu também não li.
Não me fugirá mais esse ponto
que quanto mais procuro e quero ponto,
tanto mais me engana
nessa fábula linear.
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